sexta-feira, 3 de setembro de 2010
129. Além desse mundo há um mundo que eu quero.
Esse é o pensamento que se segue àquele que praticamos ontem. Tu não podes deter-te na idéia de que o mundo é sem valor, pois se não vires que existe algo mais por que esperar, só ficarás deprimido. A nossa ênfase não está em desistir do mundo, mas em trocá-lo pelo que é muito mais satisfatório, cheio de alegria e capaz de te oferecer paz. Pensas que esse mundo pode te oferecer isso?
Talvez valha a pena dedicares um breve período de tempo para pensar uma vez mais sobre o valor desse mundo. Talvez admitas que não há perda em abandonar qualquer pensamento de valor aqui.
O mundo que vês é de fato sem misericórdia, instável, cruel, indiferente a ti, rápido na vingança e implacável em seu ódio. Ele só dá para tirar e leva embora todas as coisas que te foram caras por um momento. Nenhum amor duradouro é encontrado, pois não há nenhum aqui.
Esse é o mundo do tempo, em que todas as coisas chegam ao fim.
Será uma perda achar, ao invés desse, um mundo em que é impossível perder? Em que o amor dura para sempre, o ódio não pode existir e a vingança não tem significado? Será uma perda achar todas as coisas que realmente queres e saber que elas não têm fim e que permanecerão exatamente como as queres através do tempo?
Porém, até mesmo estas coisas serão finalmente trocadas por algo de que não podemos falar, pois daí em diante vais para um lugar em que as palavras fracassam inteiramente, para um silêncio no qual a linguagem não é falada mas certamente compreendida.
A comunicação, sem ambigüidades e clara como o dia, permanece ilimitada por toda a eternidade. E o próprio Deus fala com o Seu Filho como o Seu Filho fala com Ele.
A Sua linguagem não tem palavras, pois o que dizem não pode ser simbolizado.
O Seu conhecimento é direto, totalmente compartilhado e totalmente uno. Como tu, que permaneces preso a esse mundo, estás longe disso! E, no entanto, como estás perto quando o trocas pelo mundo que queres.
Agora, o último passo é certo, agora, estás a um instante da intemporalidade. Daqui só podes olhar para frente, nunca mais para trás, para ver de novo o mundo que não queres.
Aqui está o mundo que vem tomar o lugar do outro, à medida que soltas a tua mente das pequenas coisas que o mundo apresenta para manter-te prisioneiro. Não lhes dês valor e desaparecerão.
Estima-as e te parecerão reais.
Tal é a escolha. O que podes perde ao escolheres não dar valor ao nada? Esse mundo não contém nada do que realmente queres, mas o que escolhes em seu lugar é o que, de fato, queres!
Deixa que ele te seja dado hoje. Ele só está à espera de que o escolhas, para tomar o lugar de todas as coisas que buscas, mas não queres. Pratica a tua disponibilidade para fazer
essa troca durante dez minutos pela manhã e à noite e uma vez mais entre uma e outra.
Começa com isso:
Além desse mundo há um mundo que eu quero. Escolho ver esse outro mundo ao invés desse, pois aqui não há nada do que eu realmente quero.
Em seguida, fecha os teus olhos sobre o mundo que vês e na escuridão silenciosa observa as luzes que não são desse mundo iluminarem-se, uma por uma, até que o lugar onde uma começa e a outra termina perca todo o significado à medida que elas se fundem em uma só.
Hoje, as luzes do Céu se inclinam para ti, para brilhar sobre as tuas pálpebras enquanto descansas além do mundo da escuridão. Aqui está a luz que os teus olhos não podem contemplar.
E, no entanto, a tua mente pode vê-la com clareza e pode compreender. Hoje, um dia de graça te é dado e nós agradecemos. Nesse dia reconhecemos que aquilo que temias perder era apenas a perda.
Agora compreendemos que não há perda. Pois enfim vimos o seu oposto e estamos gratos porque foi feita a escolha. Lembra-te da tua decisão a cada hora e reserva um momento para confirmar a tua escolha, deixando de lado quaisquer pensamentos que tenhas e considerando brevemente
apenas isso:
O mundo que vejo não contém nada do que quero.
Além desse mundo há um mundo que eu quero.
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