sexta-feira, 3 de setembro de 2010

128. O mundo que vejo não contém nada do que eu quero.


O mundo que vês não te oferece nada do que precisas, nada que te possa ser de algum modo útil a ti e absolutamente nada que sirva para te dar alegria. Acredita nesse pensamento e serás salvo de anos de miséria, de inúmeros desapontamentos e de esperanças que se tornam amargas cinzas de desespero. Ninguém pode deixar de aceitar esse pensamento como verdadeiro, se quiser deixar o mundo para trás e elevar-se acima de suas mesquinhas dimensões e de seus caminhos curtos.

Aqui, cada coisa que valorizas não passa de uma corrente que te prende ao mundo e não servirá a nenhum outro fim senão esse. Pois tudo não pode deixar de servir ao propósito que tu lhe dás, até que vejas lá um propósito diferente. O único propósito digno da tua mente que o mundo contém é o de que passes por ele sem te deteres para perceber alguma esperança onde não há nenhuma.

Não te enganes mais. O mundo que vês não contém nada do que queres. Hoje, escapa das correntes que colocas na tua mente quando percebes a salvação aqui. Pois aquilo que valorizas, fazes com que seja parte de ti na tua percepção de ti mesmo. Todas as coisas que buscas para fazer com que o teu valor seja maior aos teus olhos te limitam ainda mais, escondem de ti o teu próprio valor e acrescentam mais um obstáculo diante da porta que conduz à verdadeira consciência do teu Ser.

Não deixes que nada que se relacione com pensamentos do corpo detenha o teu progresso em direção à salvação, nem permitas a tentação de acreditar que o mundo contém algo que queiras a fim de deter-te. Não há nada aqui para apreciar.

Nada aqui vale um instante de atraso e de dor, um momento de incerteza e de dúvida. Aquilo que não tem valor nada oferece. A certeza acerca do que tem valor não pode ser achada onde não há valor algum.

Hoje praticamos abandonar todos os pensamentos acerca dos valores que temos dado ao mundo.

Vamos deixá-lo livre dos propósitos que demos aos seus aspectos, suas fases e seus sonhos.

Vamos mantê-lo sem propósito dentro de nossas mentes e soltá-lo de tudo o que desejamos que fosse.

Assim erguemos as correntes que obstruem a porta pela qual temos que passar para que possamos nos libertar do mundo e vamos além de todos os pequenos valores e metas menores.

Aquieta-te e fica em paz por um momento e vê o quanto te ergues acima do mundo quando liberas a tua mente das correntes e a deixas buscar o nível em que se acha em casa. Ela ficará agradecida por ser livre por algum tempo. Ela conhece o seu lugar. Apenas liberta as suas asas e voará na certeza e na alegria para unir-se ao seu santo propósito. Deixa-a descansar no seu Criador para que seja restaurada à sanidade, à liberdade e ao amor.

Dá-lhe dez minutos de descanso por três vezes hoje. E depois quando os teus olhos se abrirem, não valorizarás coisa alguma do que vires tanto quanto da última vez que olhaste para ela.

Toda a tua perspectiva do mundo se deslocará um pouco mais a cada vez que deixares a tua mente escapar de suas correntes. O mundo não é o seu lugar. E o teu lugar é aonde ela quer estar, aonde vai descansar quando a liberas do mundo. O teu Guia é seguro. Abre a tua mente para Ele.

Aquieta-te e descansa.

Protege a tua mente ao longo do dia também. E quando pensares que vês algum valor em um aspecto ou em uma imagem do mundo, recusa-te a colocar essa corrente sobre a tua mente, mas dize a ti mesmo com serena certeza:

Não serei tentado a me atrasar por isso.
O mundo que vejo não contém nada do que eu quero.

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