quarta-feira, 30 de junho de 2010
95. EU SOU UM SÓ SER, UNIDO AO MEU CRIADOR.
A idéia de hoje te descreve com precisão tal como Deus te criou. Tu és um dentro de ti mesmo e um com Ele. A unidade de toda a criação é tua. A tua perfeita unidade faz com que a mudança em ti seja impossível. Não aceitas isso e falhas em reconhecer que não pode deixar de ser assim apenas porque acreditas que já mudaste a ti mesmo.
Tu te vês como uma paródia ridícula da criação de Deus: fraco, perverso, feio e pecador, miserável e tomado pela dor. Tal é a tua versão de ti mesmo, um ser dividido em muitas partes em guerra entre si mesmas, separado de Deus e mantido sem qualquer segurança por um autor volúvel e cheio de caprichos ao qual fazes as tuas preces.
Ele não as ouve, pois é surdo. Ele não vê a unicidade em ti, pois é cego. Ele não compreende que tu és o Filho de Deus, pois é insensato e nada compreende.
Hoje procuraremos estar cientes só do que pode ouvir e ver e faz perfeito sentido.
Mais uma vez dirigiremos os nossos exercícios para alcançar o teu único Ser, que está unido ao Seu Criador. Com paciência e esperança, tentamos mais uma vez no dia de hoje.
O uso dos primeiros cinco minutos de cada hora de vigília para a prática da idéia do dia de hoje oferece vantagens especiais na fase de aprendizado em que te encontras no momento. A essa altura, é difícil não deixar que a mente se disperse se empreende uma prática mais prolongada. Agora certamente já reconheceste isso. Já viste a extensão da tua falta de disciplina mental e da necessidade de treinar a mente. É necessário que estejas ciente disso, pois, de fato, representa um obstáculo ao teu avanço.
Períodos de prática mais curtos e freqüentes te oferecem outras vantagens a essa altura. Além de reconheceres as tuas dificuldades em manter atenção prolongada, também não podes deixar de ter notado que, a menos que sejas freqüentemente lembrado do teu propósito, tendes a esquecê-lo por longos períodos de tempo.
Freqüentemente falhas em lembrar das aplicações mais curtas da idéia do dia e ainda não formaste o hábito de usá-la como uma reação automática à tentação.
Portanto, uma estrutura se faz necessária para ti nesse momento, planejada para incluir freqüentes lembretes de tua meta, promovendo regularmente tentativas para alcançá-la. A regularidade em termos de tempo não é o requisito ideal para a forma mais benéfica de prática da salvação. Mas é proveitosa para aqueles cuja motivação
é inconsciente e que permanecem fortemente defendidos contra o aprendizado.
Portanto, por enquanto manteremos os cinco minutos de prática por hora e te exortamos a omitir o menor número possível de períodos. O uso dos primeiros cinco minutos de cada hora será particularmente útil, pois impõe uma estrutura mais firme.
Mas não uses os teus lapsos nesse horário como um pretexto para não voltares a ele assim que puderes. É bem possível que haja uma tentação de considerares o dia perdido, uma vez que falhaste em fazer o que te é requerido.
Contudo isso deverá ser meramente reconhecido pelo que é: uma recusa em permitir que o teu equívoco seja corrigido e uma falta de disponibilidade para tentar de novo.
O Espírito Santo não é detido em Seu ensinamento pelos erros que cometes.
Ele só pode ser retido pela tua vontade que não está disposta a soltá-los. Que estejamos determinados, portanto, a principalmente na próxima semana ou mais um pouco, a estarmos dispostos a perdoar os lapsos na nossa diligência e nossas falhas em seguir as instruções para a prática da idéia do dia. Essa tolerância para com a fraqueza fará com que sejamos capazes de não vê-la ao invés de dar-lhe o poder de fazer isso, estamos considerando-a como uma força e confundindo força com fraqueza.
Quando falhas em cumprir os requisitos deste curso estás meramente cometendo um erro.
Isso pede correção e nada mais. permitir que um equívoco perdure é cometer equívocos adicionais, que se baseiam no primeiro e o reforçam. É esse processo que tem que ser posto de lado, pois não passa de outra maneira através da qual queres defender as ilusões contra a verdade.
Solta todos esses erros reconhecendo-os pelo que são. São tentativas de fazer com que fiques sem saber que és um só Ser, unido ao seu Criador em unidade com todos os aspectos da criação, ilimitado em poder e paz. Essa é a verdade e nada mais é verdadeiro. Hoje reafirmaremos essa verdade e procuraremos alcançar o lugar em ti
onde não há dúvidas de que só isso é verdadeiro.
Começa os períodos de prática de hoje com essa garantia, oferecida à tua mente com toda a certeza que podes lhe dar:
Eu sou um só Ser, unido ao meu Criador, em unidade com todos os aspectos da criação, e ilimitado em poder e paz.
Em seguida, fecha os teus olhos e dize a ti mesmo mais uma vez de modo lento e refletido, tentando deixar que o significado das palavras afunde em tua mente substituindo idéias falsas:
Eu sou um só Ser.
Repete isso várias vezes e depois procura sentir o significado que as palavras transmitem. Tu és um só Ser, unido e seguro na luz, na alegria e na paz.
Tu és o Filho de Deus, um Ser, com um Criador e uma meta: trazer a consciência desta unicidade a todas as mentes para que a verdadeira criação possa estender a Universalidade e a Unidade de Deus. Tu és um ser, completo e curado e íntegro com o poder de erguer o véu da escuridão do mundo e deixar que a luz em ti venha para ensinar ao mundo a verdade sobre ti mesmo.
Tu és um só Ser em perfeita harmonia com tudo o que há e tudo o que haverá.
Tu és um só Ser, o santo Filho de Deus, unido aos teus irmãos nesse Ser, unido ao teu Pai na Sua Vontade. Sente esse único Ser em ti e deixa que ele brilhe, afastando todas as tuas ilusões e dúvidas. Esse é o teu Ser, o Filho do próprio Deus, impecável como o próprio Criador, com a Sua Força dentro de ti e o Seu Amor para sempre teu.
Tu és um só Ser e te é dado sentir esse Ser dentro de ti e banir todas as tuas ilusões da Mente única que é esse Ser, a santa verdade em ti.
Não esqueças hoje. Precisamos da tua ajuda, da tua pequena parte para trazer felicidade a todo o mundo. E o Céu olha para ti confiante de que hoje tu vais tentar. Compartilha, então, dessa certeza, pois ela é tua.
Sê vigilante. Não esqueças hoje. Ao longo do dia não esqueças a tua meta.
Repete a idéia de hoje com a maior freqüência possível e compreende que, a cada vez que o fazes, alguém ouve a voz da esperança, o despertar da verdade dentro da sua mente, o suave sussurro das asas da paz.
O teu próprio reconhecimento de que és um só Ser, unido ao teu Pai, é um chamado para o mundo todo estar em unidade contigo. Certifica-te de dar a promessa da idéia de hoje a todos aqueles que encontrares nesse dia, dizendo-lhes:
Tu és um único Ser comigo, estamos unidos ao nosso Criador nesse Ser. Eu te honro pelo Que eu sou e pelo Que é Aquele Que nos ama como um só.
94. EU SOU COMO DEUS ME CRIOU.
Hoje continuamos com a única idéia que traz salvação completa, a única declaração que faz com que todas as formas de tentação não tenham nenhum poder, o único pensamento que silencia e desfaz inteiramente o ego. Tu és como Deus te criou. Os sons desse mundo estão em silêncio, as cenas desse mundo desaparecem e todos os pensamentos que esse mundo jamais conteve são eliminados para sempre por essa única idéia. Aqui se realiza a salvação. Aqui se restaura a sanidade.
A verdadeira luz é força e força é impecabilidade. Se permaneces tal como Deus te criou, tens que ser forte e a luz tem que estar em ti. Aquele Que assegurou a tua impecabilidade tem que ser a garantia da força e da luz também. Tu és como Deus te criou. A escuridão não pode obscurecer a glória do Filho de Deus. Tu estás na luz,
forte na impecabilidade em que foste criado e na qual permaneceras por toda a eternidade.
Hoje, mais uma vez dedicaremos os primeiros cinco minutos de cada hora em que estiveres acordado à tentativa de sentir a verdade em ti. Começa estes momentos de busca com estas palavras:
“Eu sou como Deus me criou.”
“Sou Seu Filho por toda a eternidade.”
Agora tenta alcançar o Filho de Deus em ti. Esse é o Ser Que nunca pecou, nem fez uma imagem para substituir a realidade. Esse é o Ser Que nunca deixou a Sua casa em Deus para andar incerto pelo mudo. Esse é o Ser Que desconhece o medo e para quem a perda, o sofrimento ou a morte são inconcebíveis.
Para alcançar essa meta nada te é requerido, exceto deixar todos os ídolos e auto-imagens de lado, ultrapassar a lista de atributos bons ou maus que atribuíste a ti mesmo e esperar pela verdade em silenciosa expectativa. O próprio Deus prometeu que ela seria revelada a todos aqueles que a pedissem. Tu estás pedindo agora.
Não podes falhar porque Ele não pode falhar. Se não cumprires o requisito de praticar durante os primeiros cinco minutos de cada hora em que estiveres acordado, pelo menos lembra-te de hora em hora:
“Eu sou como Deus me criou.”
“Sou Seu Filho por toda a eternidade.”
Hoje dize a ti mesmo frequentemente que tu és como Deus te criou. E certifica-te de responder a todo aquele que parecer irritar-te com estas palavras:
“Tu és como Deus te criou.”
“Tu és Seu Filho por toda a eternidade.”
Esforça-te o máximo possível para fazer os exercícios de hoje a cada hora. Cada um que fizeres será um passo gigantesco em direção à tua liberação e um marco no aprendizado do sistema de pensamento que esse curso propõe.
93. A LUZ, A ALEGRIA E A PAZ HABITAM EM MIM.
Tu pensas que és o lar do mal, da escuridão e do pecado. Pensas que se alguém pudesse ver a verdade sobre ti ficaria repugnado e recuaria como se estivesse diante de uma cobra venenosa.
Pensas que se o que é verdadeiro sobre ti mesmo te fosse revelado, serias abatido por um horror tão intenso que te precipitarias para a morte pela tua própria mão, pois continuar vivendo depois de ver isso seria impossível.
Essas são crenças tão firmemente fixadas que é difícil ajudar-te a ver que se baseiam no nada. Que tenhas cometido equívocos é óbvio. Que tenhas buscado a salvação de maneiras estranhas, que tenhas sido enganado, enganando aos outros e tendo medo de tolas fantasias e sonhos selvagens, que tenhas te inclinado diante de ídolos feitos de pó – tudo isso é verdadeiro de acordo com o que acreditas agora.
Hoje vamos questionar isso, não do ponto de vista do que pensas, mas de um ponto de referência muito diferente, do qual esses pensamentos vãos são sem significado.
Esses pensamentos não estão de acordo com a Vontade de Deus. Ele não compartilha essas crenças estranhas contigo. Isso é suficiente para provar que estão erradas, mas tu não percebes que seja assim.
Por que não ficarias cheio de alegria sendo assegurado que todo o mal que pensas que fizestes nunca foi feito, que todos os teus pecados não são nada, que és tão puro e santo quanto foste criado e que a luz e a alegria e a paz habitam em ti?
A tua imagem de ti mesmo não pode resistir à Vontade de Deus. Pensas que isso é morte, mas é a vida. Pensas que és destruído, mas és salvo.
O ser que tu fizeste não é o Filho de Deus. Portanto, esse ser não existe de forma alguma. E tudo o que ele parece fazer ou pensar nada significa. Não é nem bom, nem mau. É irreal, nada mais. Não luta contra o Filho de Deus. Não o fere, nem ataca a sua paz. Ele não mudou a criação, nem reduziu a eterna impecabilidade ao pecado e o amor ao ódio. Que poder esse ser que tu fizeste pode possuir se ele quer contradizer a Vontade de Deus?
A tua impecabilidade é garantida por Deus. Será preciso repetir isso muitas e muitas vezes até que seja aceito. Isso é verdadeiro. A tua impecabilidade é garantida por Deus. Nada pode tocá-la ou mudar o que Deus criou eterno.
O ser que tu fizeste, mau e cheio de pecado, não tem significado. A tua impecabilidade é garantida por Deus e a luz e a alegria e a paz habitam em ti.
A salvação necessita apenas da aceitação de um só pensamento:
— tu és tal como Deus te criou e não o que fizeste de ti mesmo.
Qualquer que seja o mal que penses ter feito, tu és como Deus te criou.
Quaisquer que sejam os equívocos que tenhas cometido, a verdade sobre ti não foi mudada. A criação é eterna e imutável.
A tua impecabilidade é garantida por Deus. Tu és e sempre serás exatamente como foste criado. A luz, a alegria e a paz habitam em ti porque Deus aí as colocou.
Nos períodos de prática mais longos de hoje, que serão mais proveitosos se empreendidos nos primeiros cinco minutos de cada hora que estiveres acordado, começa afirmando a verdade sobre a tua criação:
“A luz, a alegria e a paz habitam em mim.”
“A minha impecabilidade é garantida por Deus.”
Em seguida, deixa as tuas tolas auto-imagens de lado e passa o resto do período de prática tentando experimentar o que Deus te deu no lugar do que decretaste para ti mesmo. Ou bem tu és o que Deus criou, ou bem o que fizeste de ti mesmo.
Um Ser é verdadeiro, o outro não existe. Tenta experimentar a união do teu único Ser.
Tenta apreciar a Sua santidade e o Amor do Qual Ele foi criado. Tenta não interferir no Ser Que Deus criou como tu mesmo, escondendo a Sua majestade atrás dos diminutos ídolos do mal e do pecado que fizeste para tomar o Seu lugar.
Deixa-o entrar na posse do que lhe pertence. Aqui estás, Isso és Tu. E a luz, a alegria e a paz habitam em ti porque isso é assim. Pode ser que não estejas disposto ou mesmo que não te seja possível usar os cinco primeiros minutos de cada hora para estes exercícios. Contudo, tenta fazê-lo quando puderes. Pelo menos, lembra-te de repetir estes pensamentos a cada hora:
“A luz, a alegria e a paz habitam em mim.”
“A minha impecabilidade é garantida por Deus.”
Em seguida, tenta dedicar pelo menos um minuto, mais ou menos, a fechar os olhos e reconhecer que essa é uma declaração da verdade sobre ti mesmo. Se surgir alguma situação que te pareça perturbadora, dissipa rapidamente a ilusão do medo repetindo estes pensamentos mais uma vez. Se fores tentado a ficar com raiva de alguém, dize-lhe silenciosamente:
“A luz, a alegria e a paz habitam em ti.”
“A tua impecabilidade é garantida por Deus.”
Hoje podes fazer muito pela salvação do mundo. Podes fazer muito para aproximar-te do papel que Deus te designou na salvação. E podes fazer muito para trazer à tua mente a convicção de que a idéia para o dia de hoje é, de fato, verdadeira.
92. MILAGRES SÃO VISTOS NA LUZ, E A LUZ E A FORÇA SÃO UMA SÓ.
A idéia para o dia de hoje é uma extensão da anterior. Tu não pensas na luz em termos de força e na escuridão em termos de fraqueza. Isso é assim porque a tua idéia do que significa ver está presa ao corpo, aos olhos do corpo e ao cérebro. Assim, acreditas que podes mudar o que vês pondo pedacinhos de vidro diante dos teus olhos. Essa é uma das muitas crenças mágicas que vêm da convicção de que és um corpo e de que os olhos do corpo podem ver.
Também acreditas que o cérebro do corpo pode pensar. Se apenas compreendesses a natureza do pensamento, poderias apenas rir dessa idéia insana. É como se pensasses que tens nas mãos o fósforo que ilumina o sol e lhe dá todo o calor; ou que manténs o mundo dentro da tua mão, bem preso, até que o deixes ir. No entanto, isso não é mais tolo do que acreditar que os olhos do corpo podem ver e o cérebro pensar.
É a força de Deus em ti que é a luz na qual vês, assim como é com a Sua Mente que pensas. A Sua força nega a tua fraqueza. É a tua fraqueza que vê através dos olhos do corpo e espreita na escuridão para contemplar algo que lhe seja semelhante: o pequeno, o fraco, o doentio e o moribundo, o necessitado, o desvalido e o que tem
medo, o triste, o pobre, o faminto e o que não tem alegria. Estes são vistos através de olhos que não podem ver e não podem abençoar.
A força ignora todas essas coisas vendo além das aparências. Mantém o seu olhar constante sobre a luz que está além. Ela se une à luz, da qual faz parte.
Ela vê a si mesma. Ela traz a luz na qual o teu Ser aparece. Na escuridão, percebes um ser que não existe. A força é a verdade sobre ti, a fraqueza é um ídolo falsamente venerado e adorado para que a força possa ser dissipada e a escuridão reine onde Deus designou que houvesse luz.
A força vem da verdade e brilha com a luz que a sua Fonte lhe deu, a fraqueza reflete a escuridão daquele que a fez. Ela é doente e olha para a doença, que é como ela mesma. A verdade é um salvador e só pode exercer a vontade em favor da felicidade e da paz para todos. Ela dá a sua força a todo aquele que pede, suprindo a todos
sem limites. Ela vê que o que falta em qualquer um seria uma falta em todos.
E, assim, dá a sua luz para que todos possam ver e beneficiar-se como um só. A sua força é compartilhada para que possa trazer a todos o milagre no qual eles se unirão em propósito, em perdão e em amor.
A fraqueza, que olha na escuridão, não pode ver propósito no perdão e no amor. Vê a todos como diferentes de si mesma e nada no mundo que ela queira compartilhar.
Julga e condena, mas não ama. Permanece na escuridão para esconder-se e sonha que é forte e conquistadora, uma vitoriosa sobre limitações que apenas crescem na escuridão em enormes proporções. Ela tem medo, ataca e se odeia e a escuridão cobre tudo o que vê, deixando os seus sonhos tão amedrontadores quando ela própria.
Aqui não há milagres, só ódio. Ela se separa do que vê, enquanto a luz e a força se percebem como uma só. A luz da força não é a luz que tu vês. Não muda, não vacila e não se apaga. Não passa da noite para o dia, e de volta à escuridão até que a manhã venha outra vez.
A luz da força é constante, tão segura quanto o amor, eternamente feliz em se dar, pois só pode dar a si mesma. Ninguém pode pedir em vão para compartilhar da sua vista e nenhum daqueles que entrar na sua morada pode partir sem um milagre diante dos seus olhos e força e luz habitando no seu coração.
A força em ti te oferecerá a luz e guiará a tua vista, de modo que não habites nas sombras vãs que os olhos do corpo provêem para o auto-engano. A força e a luz se unem em ti e onde se encontram está o teu Ser pronto para abraçar-te como o que lhe é próprio. Tal é o ponto de encontro que tentamos achar hoje e nele descansar,
pois a paz de Deus está onde o teu Ser, o Seu Filho, está agora esperando para se encontrar consigo mesmo outra vez e ser um só.
Hoje, por duas vezes, vamos dar vinte minutos para nos unirmos a essa reunião. Deixa-te levar até o teu Ser. A Sua força será a luz na qual a dádiva da vista te será dada. Então, deixa o escuro por um momento hoje e praticaremos ver na luz, fechando os olhos do corpo e pedindo à verdade que nos mostre como achar esse ponto
de encontro do ser com o Ser, onde a luz e a força são uma só.
Praticaremos assim de manhã e à noite. Após o encontro da manhã, usaremos o dia em preparação para o momento à noite em que nos encontraremos novamente em confiança.
Vamos repetir a idéia para o dia de hoje com a maior freqüência possível e reconhecer que estamos sendo introduzidos à visão e conduzidos para longe da escuridão em direção à luz onde só milagres podem ser percebidos.
91. MILAGRES SÃO VISTOS NA LUZ.
É importante lembrar que milagres e visão vão necessariamente juntos, isso precisa ser repetido e repetido freqüentemente. Essa é uma idéia central no teu novo sistema de pensamento e na percepção que ele produz. O milagre está sempre aqui. A sua presença não é causada pela tua visão, a sua ausência não é um resultado do teu
fracasso em ver. Só a tua consciência dos milagres é afetada. Tu os verás na luz, não os verás no escuro.
Para ti, então, a luz é crucial. Enquanto permaneces na escuridão, o milagre permanece sem ser visto. Assim, ficas convencido de que ele não está aqui. Isso decorre das premissas das quais vem a escuridão. A negação da luz conduz ao fracasso em percebê-la. O fracasso em perceber a luz é perceber a escuridão. Nesse caso, a luz é inútil para ti embora esteja aqui. E a aparente realidade da escuridão faz com que a idéia da luz seja sem significado.
Ser informado de que o que não vês está presente soa como insanidade. É muito difícil te convenceres de que é insanidade não ver o que está presente e, ao invés disso, ver o que não está. Não duvidas de que os olhos do corpo podem ver. Não duvidas de que as imagens que eles te mostram são a realidade. A tua fé está na escuridão e não na luz.
Como isso pode ser revertido? Para ti é impossível, mas não estás sozinho nisso.
Os teus esforços, por menores que possam ser, contam com apoio forte. Se apenas reconhecesses o quanto é grande essa força, as tuas dúvidas se desvaneceriam. Hoje vamos nos dedicar à tentativa de deixar com que sintas essa força. Quando tiveres sentido em ti a força que faz com que todos os milagres estejam facilmente ao
teu alcance, não duvidarás. Ao sentir a força dentro de ti, os milagres, que o teu senso de fraqueza escondem, saltarão à tua consciência.
Três vezes no dia de hoje, reserva dez minutos aproximadamente para um momento de quietude em que tentarás deixar a tua fraqueza para trás. Isso é realizado de modo muito simples ao instruíres a ti mesmo que não és um corpo. A fé vai para o que tu queres, e instruis a tua mente de acordo com isso. A tua vontade continua sendo o teu professor, e a tua vontade tem toda a força para fazer o que ela deseja.
Podes escapar do corpo, se assim escolheres. Podes experimentar a força em ti. Começa os períodos de prática mais longos com essa declaração das verdadeiras relações entre causa e efeito:
“Os milagres são vistos na luz.”
“Os olhos do corpo não percebem a luz.”
“Mas eu não sou um corpo. O que sou eu?”
A pergunta que conclui essa declaração é necessária para os nossos exercícios de hoje. O que pensa que és é uma crença a ser desfeita. Mas o que realmente és tem que ser revelado a ti. Acreditar que és um corpo pede correção, pois é um erro.
A verdade do que és convoca a força em ti para trazeres à tua consciência aquilo que o equívoco oculta.
Se não és um corpo, o que és tu? Precisas estar ciente do que o Espírito Santo usa para substituir a imagem de um corpo na tua mente. Precisas sentir algo em que possas depositar a tua fé na medida em que a retiras do corpo. Precisas ter uma real experiência de outra coisa, algo mais sólido e mais seguro, mais digno da tua fé e
realmente presente.
Se tu não és um corpo, o que és tu? Pergunta isso com honestidade e, em seguida, dedica vários minutos a deixar que os teus pensamentos equivocados sobre características tuas sejam corrigidos e substituídos pelos seus opostos. Dize, por exemplo:
“Eu não sou fraco, mas forte.”
“Eu não sou impotente, mas todo poderoso.”
“Eu não sou limitado, mas ilimitado.”
“Eu não tenho dúvida, mas certeza.”
“Eu não sou uma ilusão, mas uma realidade.”
“Eu não posso ver na escuridão, e sim na luz.”
Na segunda fase do período de exercícios, tenta experimentar estas verdades sobre ti mesmo. Concentra-te particularmente na experiência da força. Lembra-te de que todo senso de fraqueza é associado à crença segundo a qual tu és um corpo, uma crença que é equivocada e não merece nenhuma fé. Tenta remover a tua fé dessa crença, nem que seja por um momento. Na medida em que avançamos, tu te acostumarás a manter a tua fé
naquilo que é mais digno em ti.
Relaxa no resto do período de prática, confiante de que os teus esforços, por menores que sejam, são plenamente apoiados pela força de Deus e de todos os Seus Pensamentos.
É Deles que virá a tua força. É através do Seu forte apoio que sentirás a força em ti. Eles estão unidos a ti nesse período de prática, no qual compartilhas um propósito como o Deles Próprios. Deles é a luz em que verás os milagres, pois a Sua força é a tua. Deles é a força que vem a ser os teus olhos para que possas ver.
Cinco ou seis vezes por hora, a intervalos razoavelmente regulares, lembra-te de que milagres são vistos na luz.
Certifica-te também de fazer frente a qualquer tentação com a idéia de hoje. Essa forma pode te ser útil nesse propósito especial:
“Milagres são vistos na luz. Que eu não feche os olhos por causa disso.”
90. LIÇÕES 79 E 80
79. QUE EU RECONHEÇA O PROBLEMA PARA QUE ELE POSSA SER RESOLVIDO.
Que eu reconheça hoje que o problema é sempre alguma forma de mágoa que quero alimentar. Que eu compreenda também que a solução é sempre um milagre pelo qual permito que a mágoa seja substituída. Hoje, quero me lembrar da simplicidade da salvação, reforçando a lição de que há um só problema e uma só solução.
O problema é uma mágoa, a solução é um milagre. E eu convido a solução a vir a mim, perdoando a mágoa, e dando as boas vindas ao milagre que vem ocupar o seu lugar. Aplicações específicas:
“Isso representa um problema para mim que eu quero ver resolvido.”
“O milagre que está por trás dessa mágoa vai resolvê-la para mim.”
“A resposta para esse problema é o milagre que ele oculta.”
80. QUE EU RECONHEÇA QUE OS MEUS PROBLEMAS FORAM RESOLVIDOS.
Eu pareço ter problemas só porque estou fazendo mau uso do tempo. Acredito que o problema vem primeiro, e que é preciso que o tempo passe antes que ele possa ser resolvido. Não vejo o problema e a resposta como simultâneos em sua ocorrência.
Isso acontece porque ainda não reconheço que Deus pôs a resposta junto com o problema, de modo que não possam ser separados pelo tempo. O Espírito Santo me ensinará isso, se eu lhe permitir. E eu compreenderei que é impossível ter um problema que já não tenha sido solucionado. Aplicações específicas:
“Eu não preciso esperar para que isso seja resolvido.”
“A resposta para esse problema já me foi dada, se eu a aceitar.”
“O tempo não pode separar esse problema da sua solução.”
89. LIÇÕES 77 E 78
77. EU TENHO DIREITO A MILAGRES.
Eu tenho direito a milagres porque não estou sujeito a nenhuma lei senão às de Deus.
As Suas leis me liberam de todas as mágoas e as substituem por milagres. E eu quero aceitar os milagres no lugar das mágoas, que são apenas ilusões que escondem os milagres que estão além. Agora, só quero aceitar o que as leis de Deus me dão
direito a ter par que possa usar isso a favor da função que Ele me deu. Aplicações específicas:
“Por trás disso há um milagre ao qual tenho direito.”
“Que eu não guarde mágoa de ti, (nome), mas que eu ofereça o milagre que te pertence.”
“Visto de modo verdadeiro, isso me oferece um milagre.”
78. QUE OS MILAGRES SUBSTITUAM TODAS AS MÁGOAS.
Através dessa idéia, uno a minha vontade à Vontade do Espírito Santo e as percebo como uma só. Através dessa idéia aceito a minha liberação do inferno. Através dessa idéia expresso a minha disponibilidade para ter todas as minhas ilusões substituídas pela verdade, conforme o plano de Deus par a minha salvação. Eu não quero fazer exceções ou achar substitutos. Quero todo o Céu, e só o Céu, como é Vontade de Deus que eu tenha. Aplicações específicas:
“Não quero guardar essa mágoa à parte da minha salvação.”
“Que as nossas mágoas sejam substituídas por milagres, (nome).”
“Por trás disso está o milagre pelo qual todas as minhas mágoas são substituídas.”
quinta-feira, 24 de junho de 2010
88. LIÇÕES 75 E 76
75. A LUZ VEIO.
Ao escolher a salvação ao invés do ataque, meramente escolho reconhecer o que já existe. A salvação é uma decisão que já foi tomada. O ataque e as mágoas não existem para serem escolhidos. É por isso que sempre escolho entre a verdade e a ilusão, entre o que existe e o que não existe. A luz veio. Só posso escolher a luz,
pois ela não tem alternativa. Ela tomou o lugar da escuridão e a escuridão se foi.
Aplicações específicas:
“Isso não pode me mostrar a escuridão, pois a luz veio.”
“A luz em ti é tudo o que eu quero ver, (nome).”
“Eu quero ver nisso só o que existe.”
76. NÃO ESTOU SUJEITO A OUTRAS LEIS SENÃO ÀS DE DEUS.
Eis aqui a declaração perfeita da minha liberdade. Eu não estou sujeito a outras leis senão às de Deus. Eu sou constantemente tentado a inventar outras leis e a dar-lhes poder sobre mim. Sofro só por acreditar nelas. Elas não têm absolutamente nenhum efeito real sobre mim. Estou perfeitamente livre dos efeitos de todas as leis,
exceto as de Deus. E as Suas dádivas são as leis da liberdade. Para formas específicas na aplicação dessa idéia, estas poderiam ser úteis:
“A minha percepção disso me mostra que eu acredito em leis que não existem.”
“Eu vejo só a ação das leis de Deus nisso.”
“Que eu permita que as leis de Deus atuem nisso, e não as minhas.”
87. LIÇÕES 73 E 74
73. É MINHA VONTADE QUE HAJA LUZ.
Hoje usarei o poder da minha vontade. Não é minha vontade tatear a escuridão, amedrontado com as sombras e temeroso por coisas invisíveis e irreais. Hoje, a luz será o meu guia. Eu a seguirei aonde quer que me conduza, e só olharei para o que ela me mostra. Nesse ia experimentarei a paz da verdadeira percepção. Estas formas dessa idéia serão úteis nas aplicações específicas:
“Isso não pode esconder a luz que é minha vontade ver.”
“Tu estás comigo na luz, (nome).”
“Na luz, isso parecerá diferente.”
74. NÃO HÁ OUTRA VONTADE SENÃO A DE DEUS.
Estou em segurança hoje, pois não há outra vontade senão a de Deus. Só posso vir a sentir medo se acreditar que há outra vontade. Só tento atacar quando estou com medo e só posso acreditar que a minha segurança eterna está ameaçada quando tento atacar.
Hoje, vou reconhecer que nada disso ocorreu. Estou em segurança, pois não há outra vontade senão a de Deus. Formas úteis para aplicações específicas:
“Que eu perceba isso de acordo com a Vontade de Deus.”
“É a Vontade de Deus que tu sejas o Seu Filho, (nome) e é a minha também.”
“Isso é parte da Vontade de Deus para mim, independente de como eu possa ver isso.”
86. LIÇÕES 71 E 72
71. SÓ O PLANO DE DEUS PARA A SALVAÇÃO FUNCIONARÁ.
Não faz sentido para mim procurar loucamente a salvação em toda parte. Eu a tenho visto em muitas pessoas e em muitas coisas, mas quando quis alcançá-la, não estava lá. Estava equivocado quanto ao que ela é. Não empreenderei mais nenhuma busca vã.
Só o plano de Deus para a salvação funcionará. E me alegrarei porque o seu plano nunca pode fracassar. Estas são algumas formas sugeridas para a aplicação dessa idéia de modo específico:
“O plano de Deus para a salvação me salvará da minha percepção disso.”
“Isso não é nenhuma exceção no plano de Deus para a minha salvação.”
“Que eu perceba isso só à luz do plano de Deus para a salvação.”
72. GUARDAR MÁGOAS É UM ATAQUE AO PLANO DE DEUS PARA A SALVAÇÃO.
Guardar mágoas é uma tentativa de provar que o plano de Deus para a salvação não funcionará. No entanto, só o Seu plano funcionará. Ao guardar mágoas estou, portanto, excluindo a minha única esperança de salvação da minha consciência. Não quero mais sabotar os meus maiores interesses desse modo insano. Quero aceitar o plano de Deus para a salvação e ser feliz. Aplicações específicas dessa idéia poderiam tomar estas formas:
“Ao olhar para isso, estou escolhendo entre uma percepção equivocada e a salvação.”
“Se eu vir uma justificativa para mágoas nisso, não verei justificativa para a minha salvação.”
“Isso pede salvação, não ataque.”
85. LIÇÕES 69 E 70
69. AS MINHAS MÁGOAS ESCONDEM A LUZ DO MUNDO EM MIM.
As minhas mágoas me mostram algo que não existe e escondem de mim o que eu quero ver.
Tendo reconhecido isso, para que quero as minhas mágoas? Elas me mantêm na escuridão e escondem a luz. Mágoas e luz não podem ir juntas, mas a luz e a visão têm que estar unidas para que eu veja. Para ver, tenho que deixar as mágoas de lado. Eu quero ver, e esse será o meio através do qual terei sucesso. Aplicações específicas dessa idéia
poderiam ser feitas nas seguintes formas:
“Que eu não use isso para bloquear o que vejo.”
“A luz do mundo brilhará afastando tudo isso.”
“Eu não tenho necessidade disso. Eu quero ver.”
70. A MINHA SALVAÇÃO VEM DE MIM.
Hoje reconhecerei onde está a minha salvação. Está em mim, porque em mim está sua Fonte. Ela não deixou a sua Fonte e, portanto, não pode ter deixado a minha mente.
Não procurarei por ela fora de mim mesma. Ela não pode ser achada do lado de fora e então trazida para dentro. Mas de dentro de mim ela pode alcançar o que está
além e tudo o que eu vejo só refletirá a luz que brilha em mim e em si mesma.
Estas formas são adequadas para aplicações mais específicas:
“Que isso não me tente a procurar a minha salvação fora de mim.”
“Eu não deixarei que isso interfira com a minha consciência da fonte da minha salvação.”
“Isso não tem o poder de privar-me da salvação.”
84. LIÇÕES 67 E 68
67. O AMOR ME CRIOU COMO ELE MESMO.
Eu sou como meu Criador. Eu não posso sofrer, eu não posso experimentar nenhuma perda, e eu não posso morrer. Eu não sou um corpo. Eu quero reconhecer a minha realidade hoje. Não adorarei ídolos, nem erguerei o meu próprio auto-conceito para substituir o meu Ser. Eu sou como meu Criador.
O Amor me criou como Ele Mesmo. Talvez aches estas formas específicas úteis para a aplicação da idéia:
“Que eu não veja nisso uma ilusão de mim mesmo.”
“Ao olhar para isso, que eu me lembre do meu Criador.”
“Meu Criador não criou isso como eu o vejo.”
68. O AMOR NÃO GUARDA MÁGOAS.
Mágoas são completamente alheias ao amor. Mágoas atacam o amor e mantêm a sua luz obscura. Se eu guardo mágoas, estou atacando o amor, portanto, atacando o meu ser. Assim o meu ser vem a ser alheio a mim. Estou determinado a não atacar o meu Ser hoje, para que eu possa lembrar Quem eu sou. Estas formas específicas para aplicação dessa idéia poderiam ser úteis:
“Isso não é justificativa para negar o meu Ser.
“Eu não vou usar isso para atacar o amor.
“Que isso não me tente a atacar a mim mesmo.
83. LIÇÕES 65 E 66
65. A MINHA ÚNICA FUNÇÃO É A QUE DEUS ME DEU.
Eu não tenho nenhuma função senão a que Deus me deu. Esse reconhecimento me libera de todo conflito, pois significa que não posso ter metas conflitantes. Com um só propósito, estou sempre certo do que fazer, do que dizer e do que pensar. Todas as dúvidas têm que desaparecer no momento em que reconheço que a minha única função é a que Deus me deu. Aplicações mais específicas:
“A minha percepção disso não muda a minha função.”
“Isso não me dá uma função diferente daquela que Deus me deu.”
“Que eu não use isso para justificar uma função que Deus não me deu.”
66. A MINHA FELICIDADE E A MINHA FUNÇÃO SÃO UMA SÓ.
Todas as coisas que vêm de Deus são unas. Vêm da Unicidade e têm que ser recebidas como uma só. O cumprimento da minha função é a minha felicidade porque ambas vêm da mesma Fonte. E eu tenho que aprender a reconhecer o que me faz feliz, se quero achar a felicidade. Algumas formas úteis às aplicações específicas dessa idéia são:
“Isso não pode separar a minha felicidade na minha função.”
“A unicidade da minha felicidade e da minha função permanece inteiramente inalterada por isso.”
“Nada, incluindo isso, pode justificar a ilusão de felicidade separada da minha função.”
82. LIÇÕES 63 E 64
63. A LUZ DO MUNDO TRAZ PAZ A TODAS AS MENTES ATRAVÉS DO MEU PERDÃO.
O meu perdão é o meio pelo qual a luz do mundo acha sua expressão através de mim.
O meu perdão é o meio pelo qual venho a estar ciente da luz do mundo em mim.
O meu perdão é o meio pelo qual o mundo é curado junto comigo.
Então, que eu perdoe o mundo, para que ele possa ser curado comigo.
Algumas sugestões para formas específicas da aplicação dessa idéia são:
“Que a paz se estenda da minha mente à tua, {nome}.”
“Eu compartilho a luz do mundo contigo, {nome}.”
“Através do meu perdão, eu posso ver isso como é.”
64. QUE EU NÃO ESQUEÇA A MINHA FUNÇÃO.
Eu não quero esquecer a minha função porque quero lembrar do meu Ser. Não posso cumprir a minha função se a esquecer. E a menos que a cumpra, não experimentarei a alegria que Deus destina para mim. Formas específicas adequadas para essa idéia:
“Que eu não use isso para esconder a minha função de mim.”
“Quero usar isso como uma oportunidade para cumprir a minha função.”
“Isso pode ameaçar o meu ego, mas não pode, de modo algum, mudar a minha função.”
81. LIÇÕES 61 E 62
61. EU SOU A LUZ DO MUNDO
Quão santo sou eu, a quem foi dada a função de iluminar o mundo! Que eu possa ficar quieto diante da minha santidade. Na sua luz serena, que todos os meus conflitos desapareçam. Na sua paz, que eu me lembra Quem eu sou. Algumas formas específicas para a aplicação dessa idéia quando alguma dificuldade em especial parece
surgir poderiam ser:
“Que eu não obscureça a luz do mundo em mim.”
“Que a luz do mundo brilhe através dessa aparência.”
“Essa sombra se desvanecerá diante da luz.”
62. O PERDÃO É A MINHA FUNÇÃO COMO A LUZ DO MUNDO.
É através da aceitação da minha função que verei a luz em mim. E nesta luz a minha função se mostrará perfeitamente clara e sem ambigüidades diante da minha vista. A minha aceitação não depende do meu reconhecimento do que é a minha função, pois eu ainda não compreendo o perdão. Mas confiarei que na luz eu o verei tal como é. Formas específicas para usar essa idéia poderiam incluir:
“Que isso me ajude a aprender o que significa o perdão.”
“Que eu não separe a minha função da minha vontade.”
“Eu não usarei isso para um propósito alheio.”
80. QUE EU RECONHEÇA QUE OS MEUS PROBLEMAS FORAM RESOLVIDOS.
Se estás disposto a reconhecer os teus problemas, reconhecerás que não tens problemas. Ao teu único problema central já foi dada a resposta e não tens nenhum outro. Portanto, tens que estar em paz.
Assim, a salvação depende do reconhecimento desse problema único e da compreensão de que já foi resolvido. Um problema, uma solução. A salvação é realizada. A libertação do conflito te foi dada. Aceita esse fato e estás pronto para ocupar o teu lugar de direito no plano de Deus para a salvação.
O teu único problema foi resolvido! Repete isso muitas e muitas vezes para ti mesmo hoje, com gratidão e convicção. Reconheceste o teu único problema abrindo o caminho para que o Espírito Santo te dê a resposta de Deus. Deixaste de lado o engano e viste a luz da verdade. Aceitaste a salvação para ti mesmo trazendo o problema à resposta.
E podes reconhecer a resposta porque o problema foi identificado.
Tens direito à paz hoje. Um problema que já foi resolvido não pode incomodar-te.
Mas certifica-te de não esquecer que todos os problemas são o mesmo. As suas muitas formas não te enganarão enquanto te lembrares disso. Um problema, uma solução. Aceita a paz que essa simples declaração te traz.
Nos nossos períodos de prática mais longos de hoje reivindicaremos a paz que tem que ser nossa quando o problema e a resposta são levados a se encontrar. O problema tem que desaparecer, porque a resposta de Deus não pode falhar. Tendo reconhecido um, tens que ter reconhecido outro. A solução é inerente ao problema.
Foste respondido e aceitaste a resposta. Estás salvo.
Agora, deixa que te seja dada a paz que a tua aceitação traz. Fecha os olhos e recebe a tua recompensa.
Reconhece que os teus problemas foram resolvidos. Reconhece que estás fora do conflito, livre e em paz.
Acima de tudo, lembra-te de que só tens um problema e que o problema tem uma solução. Nisso está a simplicidade da salvação. É por essa razão que a sua eficácia é garantida.
Hoje, assegura-te freqüentemente que os teus problemas foram resolvidos. Repete a idéia com profunda convicção, com a maior freqüência possível. E estejas particularmente seguro de aplicar a idéia para o dia de hoje a qualquer problema específico que possa surgir. Dize rapidamente:
“Que eu reconheça que esse problema já foi resolvido.”
Estejamos determinados a não colecionar mágoas hoje. Estejamos determinados a nos livrar de problemas que não existem. O meio é a simples honestidade. Não te enganes quanto ao que é o problema, e terás que reconhecer que ele foi resolvido.
Revisão II
1. Agora estamos prontos para outra revisão. Começaremos onde parou a última e incluiremos duas idéias por dia. A primeira parte de cada dia será dedicada a uma destas idéias e a segunda à outra. Teremos um período de exercícios mais longo e freqüentes períodos mais curtos durante os quais praticaremos cada uma das idéias.
2. Os períodos de prática mais longos seguirão essa forma geral: reserva aproximadamente quinze minutos a cada um e começa pensando nas idéias do dia e nos comentários que estão incluídos nas lições. Dedica três ou quatro minutos a lê-los vagarosamente, várias vezes se desejares e, em seguida, fecha os olhos e escuta.
3. Repete a primeira fase do período de exercícios se achares que tua mente está se dispersando, mas tenta passar a maior parte do tempo escutando em quietude, mas atentamente. Há uma mensagem à tua espera. Esteja confiante de que vais recebê-la. Lembra-te de que ela te pertence e de que tu a queres.
4. Não deixes a tua intenção vacilar diante de pensamentos que te distraiam. Compreende que, quaisquer que sejam as formas que tais pensamentos possam tomar, eles não têm nenhum significado e nenhum poder. Podes substituí-los pela tua determinação em sucesso. Não te esqueças de que a tua vontade tem poder sobre todas as
fantasias e sonhos. Confia nela para ajudar-te a atravessá-los e carregar-te para o que está além de todos eles.
5. Considera estes períodos de prática como oferendas ao caminho, à verdade e à vida. Recusa-te a te deixares desviar para digressões, ilusões e pensamentos de morte. És dedicado à salvação. Que estejas determinado, a cada dia, a não deixar a tua função sem ser cumprida.
6. Reafirma também a tua determinação nos períodos de prática mais curtos, usando a forma original da idéia para aplicações gerais e formas mais específicas quando necessário. Algumas formas específicas estão incluídas nos comentários que se seguem à enunciação das idéias. Estas, contudo, são meramente sugestões. Não são as
palavras específicas que usas que têm importância.
79. QUE EU RECONHEÇA O PROBLEMA PARA QUE ELE POSSA SER RESOLVIDO.
Um problema não pode ser resolvido se não souberes do que se trata. Mesmo que, na realidade, já esteja resolvido, ainda terás o problema, pois não vais reconhecer que já foi resolvido. Essa é a situação do mundo.
O problema da separação, que é realmente o único problema, já foi resolvido.
No entanto, a solução não é reconhecida porque o problema não é reconhecido.
Todas as pessoas nesse mundo parecem ter os seus próprios problemas especiais. No entanto, todos são o mesmo e têm que ser reconhecidos como um só, se é que se há de aceitar a única solução que resolve todos eles. Quem pode ver que um problema já foi resolvido se pensa que o problema é outro? Mesmo que lhe seja dada a resposta, ele não consegue ver a sua relevância.
Essa é a posição na qual tu te achas agora. Tens a resposta, mas ainda não tens certeza de qual é o problema.
Uma longa série de problemas diversos parece confrontar-te e assim que um deles é resolvido surge outro, e mais outro. Parecem não ter fim. Não há um momento em que te sintas completamente livre de problemas e em paz.
A tentação de considerar os problemas como se fossem muitos é a tentação de manter o problema da separação sem solução. O mundo parece apresentar-te um grande número de problemas, cada um exigindo uma resposta diferente. Essa percepção te coloca numa posição em que o teu modo de resolver problemas tem que ser inadequado e o fracasso é inevitável.
Ninguém poderia resolver todos os problemas que o mundo parece conter. Parecem estar em tantos níveis, ter formas tão diversas e conteúdo tão variado, que eles te confrontam com uma situação impossível. Ao considerá-los, o desalento e a depressão são inevitáveis. Alguns surgem de modo inesperado, justamente quando achas
que tinhas resolvido os anteriores. Outros permanecem sem solução sob uma nuvem de negação e erguem-se para assombrar-te de vez em quando, apenas para esconderem-se mais uma vez, mas ainda sem solução.
Toda essa complexidade nada mais é do que uma tentativa desesperada de não reconhecer o problema e, assim, não deixar que seja resolvido. Se pudesses reconhecer que o teu único problema é a separação, independente da forma que tome, aceitarias a resposta, pois verias a sua relevância. Ao perceber a constância subjacente em todos os problemas que parecem confrontar-te, compreenderias que tens o meio para resolver todos eles. E usarias esse meio, porque reconhecerias o problema.
Em nossos exercícios de prática mais longos de hoje, perguntaremos qual é o problema e qual a resposta para ele. Não pressuporemos que já sabemos. Tentaremos libertar as nossas mentes de todos os diferentes tipos de problemas que pensamos ter.
Tentaremos nos dar conta de que temos um só problema, o qual temos falhado em reconhecer. Perguntaremos qual é o problema e esperaremos a resposta. Ela nos será dita. Então, pediremos a solução. E ela nos será dita.
Os exercícios de hoje terão sucesso na medida em que não insistires em definir o problema. Talvez não tenhas sucesso em soltar todas as tuas noções preconcebidas, mas isso não é necessário. É preciso apenas que permitas alguma dúvida quanto à realidade da tua versão de quais são os teus problemas. Estás tentando reconhecer que
a solução te foi dada ao reconhecer o problema, de modo que o problema e a solução possam se juntar e possas ficar em paz.
Os períodos de prática mais curtos para o dia de hoje não serão estabelecidos por tempo, mas pela necessidade. Verás muitos problemas hoje, cada um pedindo uma resposta. Nossos esforços serão dirigidos ao reconhecimento de que só há um problema e uma resposta. Nesse reconhecimento todos os problemas são resolvidos.
Nesse reconhecimento há paz. Não te deixes enganar pela forma dos problemas hoje.
Quando qualquer dificuldade parecer surgir, dize a ti mesmo imediatamente:
“Que eu reconheça esse problema para que ele possa ser resolvido.”
Em seguida, tenta suspender qualquer julgamento sobre o que é o problema. Se possível, fecha os olhos por um momento e pergunta qual é o problema. Serás ouvido e serás respondido.
78. QUE OS MILAGRES SUBSTITUAM AS MÁGOAS.
Talvez ainda não esteja bem claro para ti que cada decisão que tomas é uma decisão entre uma mágoa e um milagre. Cada mágoa se ergue como um escudo de ódio diante do milagre que quer ocultar. E ao erguê-lo diante dos teus olhos, não verás o milagre que está além. No entanto, durante todo o tempo ele espera por ti na luz, mas ao invés disso contemplas as tuas mágoas.
Hoje, vamos além das mágoas, preferindo contemplar o milagre. Reverteremos o teu modo de ver não deixando a vista estancar antes de ver. Não esperaremos diante do escudo de ódio, mas o deixaremos de lado e ergueremos gentilmente nossos olhos em silêncio para contemplar o Filho de Deus.
Ele espera por ti atrás de tuas mágoas e, à medida que as colocares de lado, ele aparecerá em luz resplandecente no lugar em que cada uma antes ocupava. Pois toda mágoa é um bloqueio à visão e à medida que é suspendido, verás o Filho de Deus onde ele sempre esteve. Ele está na luz, mas tu estavas na escuridão. Cada mágoa fazia
com que a escuridão fosse mais profunda e não podias ver.
Hoje tentaremos ver o Filho de Deus. Não nos permitiremos ficar cegos para ele, não olharemos para nossas mágoas. Assim se reverte o modo de ver do mundo, ao olharmos em direção à verdade para longe do medo.
Selecionaremos uma pessoa que tenhas usado como alvo de tuas mágoas e as deixaremos de lado e olharemos para ela. Alguém de quem talvez tenhas medo ou até odeies; alguém que pensas que amas e que te deixou com raiva; alguém que chamas de amigo, mas vês como às vezes complicado, difícil de agradar, exigente, irritante, ou infiel ao ideal que ele deveria aceitar para si próprio de acordo com o papel que designaste para ele.
Tu sabes a quem escolher, o seu nome já cruzou a tua mente. Ele será aquele através do qual pedimos que o Filho de Deus te seja mostrado. Ao vê-lo além das mágoas que guardaste contra ele, aprenderás que o que estava escondido enquanto tu não o vias, existe em todos e pode ser visto. Aquele que era inimigo é mais do que um amigo quando é libertado para assumir o papel santo que o Espírito Santo designou para ele.
Deixa que ele seja o salvador para contigo hoje. Tal é o seu papel no plano de Deus, teu Pai.
Os nossos períodos de prática mais longos de hoje o verão nesse papel. Procurarás conservá-lo na tua mente, primeiro tal como o consideras agora. Reverás seus defeitos, as dificuldades que tens tido com ele, a dor que ele te causou, a sua negligência e todas as pequenas e grandes feridas que te provocou. Considerarás o seu corpo com os respectivos defeitos e qualidades, pensarás nos seus erros e até mesmo nos seus “pecados”.
Em seguida, peçamos Àquele Que conhece esse Filho de Deus na sua realidade e verdade, para que possamos olhá-lo de maneira diferente e vejamos o nosso salvador resplandecente à luz do verdadeiro perdão que nos foi dado. Pedimos a Ele, no santo Nome de Deus e de Seu Filho, tão santo quanto Ele Mesmo:
“Que eu contemple meu salvador naquele que foi designado por Ti como aquele a quem devo pedir que me conduza à luz santa onde ele está de modo que eu possa me unir a ele.”
Os olhos do corpo estão fechados e, ao pensares naquele que te magoou, deixa que a luz que existe dentro dele seja mostrada à tua mente além das tuas mágoas.
O que pediste não pode ser negado. O teu salvador está esperando por isso há muito tempo. Ele quer ser livre e fazer com que a liberdade seja tua. O Espírito Santo se inclina a partir dele para ti, sem ver nenhuma separação no Filho de Deus. E o que vês através do Espírito Santo libertará a ambos. Fica bem quieto agora e olha para o
teu salvador resplandecente. Nenhuma mágoa escura obscurece o que vês nele.
Permitiste que o Espírito Santo expressasse através dele o papel que Deus Lhe deu, para que pudesses ser salvo.
Deus te é grato por estes momentos de quietude de hoje, nos quais deixaste as tuas imagens de lado e, em seu lugar, olhaste para o milagre de amor que o Espírito Santo te mostrou. O mundo e o Céu se unem em agradecimento a ti, pois nenhum Pensamento de Deus pode deixar de regozijar-se quando tu és salvo, e todo o mundo contigo.
Nós nos lembraremos disso ao longo do dia e assumiremos o papel que nos foi designado como parte do plano de Deus para a salvação, e não o nosso. A tentação desaparece quando permitimos que cada pessoa que encontramos nos salve e nos recusamos a esconder, atrás das nossas mágoas, a sua luz.
Deixa que o papel de salvador seja dado a cada pessoa que encontrares e àquelas em quem pensas ou àquelas que lembras do passado, a fim de que possas compartilhá-lo com ela. Para ambos, assim como para todos aqueles que não vêem, fazemos uma prece:
“Que os milagres substituam todas as mágoas.”
77. EU TENHO DIREITO A MILAGRES.
Tens direito a milagres pelo que tu és. Receberás milagres pelo que Deus é. E oferecerás milagres porque és um com Deus. Ainda uma vez, como é simples a salvação!
É meramente uma declaração da tua verdadeira Identidade. É isso que celebraremos hoje.
O teu direito a milagres não está nas tuas ilusões sobre ti mesmo. Ele não depende de nenhum dos poderes mágicos que tens atribuído a ti mesmo, nem de nenhum dos rituais que tens inventado. Ele é inerente à verdade do que és. Ele está implícito no que Deus, Teu Pai, é. Ele te foi assegurado na tua criação e garantido pelas leis
de Deus.
Hoje nós reivindicaremos os milagres aos quais tens direito, uma vez que pertencem a ti. A ti foi prometida a plena liberação do mundo que fizeste. A ti foi assegurado que o Reino de Deus está dentro de ti e nunca pode ser perdido. Não pedimos nada mais do que o que na verdade nos pertence. Hoje, todavia, nos certificaremos de
que não nos contentaremos com menos.
Começa os períodos de prática mais longos dizendo a ti mesmo, com muita confiança, que tens direito a milagres. Fechando os olhos, lembra-te de que só estás pedindo o que é teu por direito. Lembra-te também de que os milagres nunca são tirados de uma pessoa para serem dados a outra e que ao pedires os teus direitos, estás apoiando os direitos de todos. Milagres não obedecem às leis deste mundo. Eles meramente decorrem das leis de Deus.
Após esta breve fase introdutória, espera em quietude pela confirmação de que o teu pedido é concedido.
Pediste a salvação do mundo e a tua própria. Requisitaste que te sejam dados os meios pelos quais isso pode ser realizado. Não podes deixar de receber a confirmação disso. Estás apenas pedindo que a vontade de Deus seja feita.
Ao fazeres isto, realmente não pedes nada. Declaras um fato que não pode ser negado.
O Espírito Santo não pode deixar de te assegurar que o teu pedido te é concedido.
O fato de que aceitaste não pode ser negado. Não existe hoje lugar para a dúvida e a incerteza. Nós estamos finalmente fazendo uma pergunta real. A resposta é a declaração simples de um fato simples. Receberás a garantia que buscas.
Os nossos exercícios de prática mais curtos serão freqüentes e também serão dedicados a lembrar um fato simples. Hoje dize a ti mesmo com freqüência:
“Eu tenho direito a milagres.”
Pede-os sempre que surgir uma situação em que forem necessários. Reconhecerás estas situações. E como não estás dependendo de ti mesmo para achar o milagre, tens pleno direito de recebê-lo sempre que o pedires.
Lembra-te também de não te satisfazeres com menos do que a resposta perfeita. Imediatamente dize a ti mesmo, no caso de seres tentado:
“Eu não trocarei milagres por mágoas. Quero só o que me pertence. Deus estabeleceu milagres como meu direito.”
76. EU NÃO ESTOU SUJEITO A OUTRAS LEIS SENÃO ÀS DE DEUS.
Já observamos antes quantas coisas sem sentido te pareceram ser a salvação. Cada uma tem te aprisionado com leis tão sem sentido quanto ela mesma. Não estás preso por elas. Mas para compreenderes que isso é assim, em primeiro lugar é preciso que reconheças que a salvação não está lá. Enquanto queres buscá-la em coisas que não
tem significado, tu te prendes a leis que não fazem nenhum sentido. Assim, buscas provar que a salvação está onde não está.
Hoje, ficaremos contentes por não poderes provar isso. Pois, se pudesses, estarias para sempre buscando a salvação onde não está e jamais a acharias. A idéia para o dia de hoje mais uma vez te diz quão simples é a salvação. Procura-a onde ela espera por ti e lá será achada. Não procures em nenhum outro lugar, pois ela não está em nenhum outro lugar.
Pensa na liberdade que há no reconhecimento de que não estás preso a todas as estranhas leis distorcidas que tens estabelecido para salvar-te. Realmente pensas que morrerás de fome se não tiveres montes de tiras de papel verde e pilhas de discos de metal (o papel verde e os discos de metal são referências à moeda dos EUA).
Realmente pensas que uma pequena pílula redonda ou um pouco de líquido introduzido na tua veia por uma agulha pontiaguda afastará a doença e a morte. Realmente pensas que estás só, se não houver outro corpo contigo.
É a insanidade que pensa nessas coisas. Tu as chamas de leis e as dispõe sob diferentes nomes num longo catálogo de ritos que não tem nenhuma utilidade e não serve a nenhum propósito. Pensas que tens que obedecer às “leis” da medicina, da economia e da saúde. Protege o corpo e serás salvo.
Essas não são leis, mas loucura. O corpo é colocado em perigo pela mente, que fere a si mesma. O corpo só sofre para que a mente deixe de ver que é vítima de si mesma. O sofrimento do corpo é uma máscara mantida pela mente para ocultar o que realmente sofre. Ela não quer compreender que é a sua própria inimiga, que ataca a si mesma e quer morrer. É disso que as tuas “leis” querem salvar o corpo. É por isso que pensas que és um corpo.
Não há outras leis senão as leis de Deus. É preciso repetir isso muitas e muitas vezes, até que reconheças que se aplica a tudo o que tens feito em oposição à Vontade de Deus. A tua magia não tem significado. O que ela pretende salvar não existe. Só o que ela pretende esconder te salvará.
As leis de Deus nunca podem ser substituídas. Dedicaremos o dia de hoje a nos regozijarmos por ser assim. Já não é mais uma verdade que queremos esconder.
Em vez disso, reconheceremos que é uma verdade que nos mantém livres para sempre.
A magia aprisiona, mas as leis de Deus libertam. A luz veio porque não há outras
leis senão as de Deus.
Começaremos os períodos de prática mais longos de hoje com uma breve revisão dos vários tipos de “leis” que acreditamos ter que obedecer. Esses incluiriam, por exemplo, as “leis” da nutrição, da imunização, da medicação e da proteção ao corpo de inúmeras maneiras. Pensa ainda mais; tu acreditas nas “leis” da amizade,
dos “bons” relacionamentos e reciprocidade. Talvez até penses que existam leis estabelecendo o que é de Deus e o que é teu. Muitas “religiões” tem sido baseadas nisso. Não pretendem salvar, mas condenar em nome do Céu. No entanto, elas não são mais estranhas do que outras “leis” que insistes ter que obedecer para fazer com
que te salves.
Não há outras leis senão as de Deus. Afasta todas as tolas crenças mágicas hoje e mantém a tua mente em silenciosa prontidão para ouvir a Voz Que te fala a verdade.
Estarás escutando Aquele Que diz que não há perda sob as leis de Deus.
Nenhum pagamento é feito ou recebido. Trocas não podem ser feitas, não há
substitutos e nada toma o lugar de outra coisa. As leis de Deus dão eternamente e nunca tiram.
Ouve Aquele Que te diz isso e reconhece quão tolas são as ‘leis’ que no teu pensamento sustentavam o mundo que pensavas ver. Então escuta mais. Ele te dirá mais.
Sobre o Amor que o teu Pai tem por ti. Sobre a alegria sem fim que Ele te oferece.
Sobre o quanto Ele anseia pelo Seu único Filho, criado como o Seu canal para a
criação e que lhe foi negado pela sua própria crença no inferno.
Hoje, vamos abrir os canais de Deus para Ele e deixar a Sua Vontade estender-se através de nós até Ele. Assim aumenta a criação infindavelmente. A Sua Voz nos falará disso, assim como das alegrias do Céu, que as Suas leis conservam para sempre ilimitadas. Vamos repetir a idéia de hoje até que tenhamos escutado e compreendido que não há nenhuma lei senão as de Deus. Então, diremos a nós mesmos, como uma oferenda com a qual o período de prática é concluído:
“Eu não estou sujeito a outras leis senão às de Deus.”
Repetiremos essa oferenda hoje, com a maior freqüência possível, pelo menos quatro ou cinco vezes por hora, bem como ao longo do dia em resposta a qualquer tentação de nos vivenciarmos como se estivéssemos sujeitos a outras leis. É nossa declaração de liberdade contra todo perigo e toda tirania. É o nosso reconhecimento de
que Deus é o nosso Pai e Seu Filho está salvo.
75. A LUZ VEIO.
A luz veio. Estás curado e podes curar. A luz veio estás salvo e podes salvar. Estás em paz e trazes a paz contigo aonde quer que vás. A escuridão, o tumulto e a morte desapareceram. A luz veio.
Celebramos hoje o final feliz do teu longo sonho de desventuras. Agora, já não há sonhos escuros. A luz veio. Começa hoje o tempo da luz para ti e para todos. É uma nova era na qual um novo mundo nasceu. O velho mundo não deixou nenhum vestígio à sua passagem. Hoje, vemos um mundo diferente porque a luz veio.
Os nossos exercícios para o dia de hoje serão exercícios felizes, nos quais damos graças pela passagem do velho mundo e o começo do novo. Nenhuma sombra do passado permanece para escurecer a nossa vista e ocultar o mundo que o perdão nos oferece. Hoje, aceitaremos o novo mundo como o que queremos ver. O que desejamos nos será dado. Nossa vontade é ver a luz; a luz veio.
Os nossos períodos de prática mais longos serão dedicados a olhar para o mundo que o nosso perdão nos mostra. É isso que queremos ver, e apenas isso. O nosso propósito único faz com que a nossa meta seja inevitável. Hoje o mundo real surge à nossa frente em contentamento para enfim ser visto. Agora, como veio a luz, a visão nos é dada.
Hoje não queremos ver a sombra do ego sobre o mundo. Vemos a luz e nela vemos o reflexo do Céu que se estende sobre o mundo. Começa os períodos de prática mais longos dando a ti mesmo as boas-vindas da tua liberação:
“A luz veio. Eu perdoei o mundo.”
Não te detenhas no passado hoje. Conserva a mente completamente aberta, lavada de todas as idéias passadas e limpa de todos os conceitos que tens feito. Hoje perdoaste o mundo. Podes olhar para ele agora como se nunca o tiveste visto antes.
Ainda não sabes qual é o aspecto que ele tem. Meramente aguardas para que ele te seja
mostrado. Enquanto aguardas, repete várias vezes lentamente com toda paciência:
“A luz veio. Eu perdoei o mundo.”
Reconhece que o teu perdão te dá direito à visão. Compreende que o Espírito Santo nunca falha em dar a dádiva da visão àqueles que perdoam. Acredita que Ele não te falhará agora. Perdoaste o mundo. Ele estará contigo enquanto vigias e esperas.
Ele te mostrará o que a verdadeira visão vê. É a Sua Vontade e tu te uniste a Ele.
Espera pacientemente por Ele. Ele estará lá. A luz veio. Perdoaste o mundo.
Dize-Lhe que tu sabes que não podes falhar porque confias Nele. E dize a ti mesmo que esperas na certeza de olhar para o mundo que Ele te prometeu. A partir desse momento verás de maneira diferente. Hoje, a luz veio.
E tu verás o mundo que te foi prometido desde o início dos tempos, no qual o fim dos tempos está garantido.
Os períodos de prática mais curtos também serão lembranças alegres da tua liberação.
Lembra-te, mais ou menos a cada quinze minutos, de que hoje é um dia de celebração especial. Dá graças pela misericórdia e pelo Amor de Deus. Regozija-te pelo poder do perdão de curar a tua visão completamente. Tem confiança de que nesse dia há um novo começo. Sem a escuridão do passado sobre os teus olhos, não podes falhar em ver hoje.
E o que verás será tão bem-vindo que alegremente estenderás o dia de hoje para sempre. Então, dize:
“A luz veio. Eu perdoei o mundo.”
Se fores tentado, dize a qualquer um que pareça estar te puxando de volta à escuridão:
“A luz veio. Eu te perdoei.”
Dedicamos esse dia à serenidade na qual Deus quer que estejas. Guarda-a na tua consciência de ti mesmo e tu a verás por toda parte hoje, à medida que celebramos o princípio da tua visão e a vista do mundo real, que veio para substituir o mundo sem perdão que pensavas ser real.
74. NÃO HÁ OUTRA VONTADE SENÃO A DE DEUS.
A idéia para o dia de hoje pode ser considerada como o pensamento central ao qual todos os nossos exercícios estão dirigidos. A Vontade de Deus é a única Vontade.
Quando reconheces isso, reconheces que a tua vontade é a Sua. A crença em que o conflito é possível se vai. A paz substitui a estranha idéia de que estás dilacerado por metas conflitantes. Como uma expressão da Vontade de Deus, não tens nenhuma meta a não ser a Sua.
Há grande paz na idéia de hoje e os exercícios para esse dia são dirigidos para achá-la. A idéia em si é totalmente verdadeira. Portanto, não pode dar origem a ilusões. Sem ilusões o conflito é impossível. Tentemos reconhecer isso hoje e experimentar a paz que esse reconhecimento traz. Começa os períodos de prática mais longos repetindo estes pensamentos várias vezes, com lentidão e com a firme determinação de compreender o que significam e de mantê-los em mente:
“Não há outra vontade senão a de Deus. Eu não posso estar em conflito.”
Em seguida, passa alguns minutos acrescentando alguns pensamentos correlatos, tais como:
“Eu estou em paz. Nada pode me perturbar. Minha vontade é a de Deus. Minha vontade e a de Deus são uma só. É a vontade de Deus que Seu Filho tenha paz.”
Durante essa fase introdutória, não deixes de lidar rapidamente com quaisquer pensamentos de conflito que te possam ocorrer. Dize imediatamente a ti mesmo:
“Não há outra vontade senão a de Deus. Esses pensamentos conflitantes são sem significado.”
Se alguma área de conflito parecer particularmente difícil de ser resolvida, escolhe-a para consideração especial. Pensa sobre ela brevemente, mas de forma muito específica, identifica a pessoa ou as pessoas em particular e a situação ou situações envolvidas e dize a ti mesmo:
“Não há outra vontade senão a de Deus. Eu a compartilho com Ele. Os meus conflitos em relação a ____ não podem ser reais”.
Depois de limpares a tua mente dessa forma, fecha os olhos e tenta experimentar a paz que a tua realidade te dá por direito. Mergulha nela e sente-a se fechando à tua volta. Pode haver alguma tentação em julgar equivocadamente estas tentativas como retraimento, mas a diferença é facilmente detectada. Se estiveres tendo sucesso terás um profundo sentimento de alegria e sentir-te-ás cada vez mais alerta, ao invés de sentir-te letárgico e enervado.
A alegria caracteriza a paz. Através dessa experiência, reconhecerás que a alcançaste. Se sentires que estás deslizando para o retraimento, repete rapidamente a idéia para o dia de hoje e tenta outra vez. Faze isso tantas vezes quantas se fizerem necessárias. Ganhas muito recusando-te a procurar refúgio no retraimento, mesmo que
não experimentes a paz que buscas.
Nos períodos de prática mais curtos, que hoje devem ser empreendidos a intervalos regulares e prédeterminados, dize a ti mesmo:
“Não há outra vontade senão a de Deus. Hoje eu busco a Sua paz.”
Tenta, então, achar o que estás buscando. Hoje, seria proveitoso dedicar a isso um ou dois minutos a cada meia hora, se possível com os olhos fechados.
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